Guia de viagem gastronómica à Moita

Se é daquelas pessoas que prefere uma tasca autêntica a um lugar turístico ou da moda cheio de gente, então vale a pena considerar a Moita como destino para um passeio de um dia a partir de Lisboa. Situada na margem sul do rio Tejo, esta vila descontraída oferece uma visão autêntica de Portugal, com tradições locais bem enraizadas e, como não podia deixar de ser, comida deliciosa.

A forma mais fácil de chegar à Moita, a partir de Lisboa, é de barco. Desde a Praça do Comércio, apanhe o ferry da Transtejo até ao Barreiro, para uma viagem rápida de cerca de 20 minutos. Uma vez no Barreiro, pode apanhar um autocarro (por exemplo, a linha 3 ou 5 da TST – confirme os horários atualizados aqui) ou fazer um curto trajeto de táxi até à Moita, que fica a apenas 6km de distância. A viagem total, com as ligações, não deve ultrapassar uma hora. Se quiser aproveitar bem o dia, sugerimos também explorar o Barreiro, cujo panorama gastronómico está repleto de boas surpresas ainda pouco conhecidas – leia aqui o nosso guia completo do Barreiro.

A Moita tem uma identidade peculiar, que equilibra tradições locais fortes com a sua função de vila residencial para quem trabalha em Lisboa. Muitos residentes fazem diariamente a travessia do Tejo para trabalhar na capital. Mas ao regressarem, sentem o ritmo mais calmo e o ambiente comunitário que a Moita ainda conserva. Aos fins de semana, ou ao final do dia nos meses quentes, não é raro ver senhores mais velhos a jogar cartas à sombra, crianças a jogar à bola junto ao rio, e um quotidiano que se vive com os dois pés bem assentes na terra, e com os olhos voltados para a água.

Imagem de capa de CM Moita

Imagem cortesia de CM Moita

Quando visitar, comece pelo Cais da Moita, um autêntico postal vivo da ligação da vila ao rio. Os barcos de pesca e os varinos tradicionais flutuam calmamente, e é daqui que parte o “O Boa Viagem”, um barco que faz passeios fluviais que mais parecem uma viagem no tempo – consulte a câmara municipal para mais informações e horários. Se puder, faça o passeio ao final da tarde, quando a luz da chamada hora mágica torna tudo ainda mais bonito, garantindo assim belas fotos.

Imagem cortesia de CM Moita

Em terra firme, passeie pelo núcleo histórico da vila, uma das zonas mais agradáveis para caminhar, observar o quotidiano e absorver o ambiente local. Aqui encontra esplanadas sombreadas e locais emblemáticos como o Altar de Nossa Senhora da Piedade e o edifício dos antigos Paços do Concelho (Praça da República 14).

Para uma dose de história e boas vistas, suba até à Capela de São Sebastião, do século XVI. Deste ponto calmo, vê-se o Tejo e a paisagem rural em redor. Não perca também a Igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem (Rua Machado dos Santos 13), uma bela construção barroca que partilha o nome com o mais icónico barco da vila.

Imagem cortesia de Minube

Se prefere espaços verdes, vá até ao Parque Municipal da Moita (Rua Gen. Humberto Delgado 182), desenhado pelo paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. Com quase 4.000 m², é o local ideal para piqueniques em família, crianças a correr e passeios domingueiros.

Imagem cortesia de CM Moita

Nos dias de calor, que felizmente são muitos ao longo do ano, siga o exemplo dos locais e rume à Praia Fluvial do Rosário (Largo das Forças Armadas 20, Gaio-Rosário). A poucos minutos do centro da Moita, esta praia fluvial oferece um areal de um quilómetro, zonas de sombra, chuveiros e bons locais para merendar. As vistas sobre Lisboa a partir daqui são incrivelmente subestimadas e não ficam nada atrás das mais conhecidas vistas desde Cacilhas e Almada. Se decidir ficar por ali, há vários snack-bares e restaurantes ribeirinhos (ver sugestões abaixo).

Imagem cortesia de Lisboa Secreta

Os amantes da história não podem deixar de visitar o Moinho de Maré de Alhos Vedros (Largo do Descarregador 1, Alhos Vedros), construído originalmente no século XV para moer grãos ao ritmo do rio. Hoje, serve como museu e centro cultural, onde se pode aprender sobre a história da região por meio da arquitetura e da engenharia. Aproveite para conhecer também a Igreja de São Lourenço (Largo Igreja 037, Alhos Vedros), de origem medieval.

Imagem cortesia de UALMedia

Em Sarilhos Pequenos, pode-se visitar o estaleiro naval onde ainda se praticam técnicas tradicionais de construção de embarcações. Vá até lá, fale com os mestres locais e aprenda um pouco sobre este ofício antigo. Não há visitas guiadas formais, mas há sempre boas histórias para ouvir se não tiver vergonha de meter conversa.

Imagem cortesia de CM Moita

Para finalizar, visite o Sítio das Marinhas, onde há um pequeno centro interpretativo sobre a extração tradicional de sal. Uma visita tranquila e educativa, num local que faz parte da história económica da região.

Imagem cortesia de Tauroleve

E agora, enfrentemos o touro na sala: é inevitável falar da ligação entre a Moita e a tauromaquia. Certamente que não estamos aqui para promover a prática, mas é importante referir que a Praça de Touros Daniel do Nascimento, de 1950, é um símbolo cultural da vila e epicentro das Festas da Moita. Durante essas festas, há desfiles, largadas, concertos e petiscos por todo o lado.

Até a cultura gastronómica da Moita está de certa forma ligada à sua identidade tauromáquica e, durante as Festas da Moita, muitos moradores e visitantes apreciadores celebram com pratos tradicionais de carne, grandes churrascos ao ar livre e muita cerveja. É um momento de tradição, celebração e, convenhamos, excesso.

Imagem cortesia de CM Moita

Mas, historicamente falando, o rio Tejo tem sido a principal fonte de comida da Moita. A culinária local não é geralmente elaborada ou requintada, baseando-se mais em pratos tradicionais, bem executados, mas sem exageros. As especialidades ribeirinhas da Moita incluem a caldeirada, a massada de peixe e o ensopado, um caldo substancioso com pão e peixe, com espécies como enguia ou raia, ou simplesmente o que for apanhado no dia.

Por estes lados, o peixe grelhado é um dado adquirido, mas também há pratos de carne que falam mais alto, como o cozido à portuguesa, ou petiscos como moelas, iscas com elas, e pica-pau. E depois, há pratos que nem aparecem nos guias, como os ossos carregados, um ensopado gelatinoso de ossos de porco, cartilagens e tutano, especialmente apreciado no inverno, acompanhado com vinho da casa, geralmente de Setúbal ou de Palmela, ali bem perto.

Os melhores restaurantes de gastronomia portuguesa na Moita

Restaurante Girassol

Se há um restaurante que faz os locais sorrirem com nostalgia, é o Girassol. Um verdadeiro clássico de bairro, este restaurante serve pratos tradicionais portugueses há décadas, sempre com uma clientela fiel. O ambiente é clássico e o mesmo se aplica à comida, com especialidades que incluem feijoada à transmontana, massada de peixe e, quando a época o permite, ensopado de enguias. É também um dos lugares mais recomendados para provar ossos carregados bem feitos, com aquela textura pegajosa que nem todos gostam à primeira, mas que os locais adoram. O serviço é rápido, as doses são generosas e os preços são simpáticos.

📍Rua Dom Manuel I 42, 2860-471 Moita
www.instagram.com/girassol_restaurante

Photo by Girassol on TripAdvisor

3ª Parte

Se peixe não é o que procura, rume à 3ª Parte, o paraíso dos amantes de carne. Aqui servem cerca de 50kg de ossos carregados por dia! No menu também há bochechas de porco estufadas em vinho tinto, carnes maturadas grelhadas, receitas de porco e coelho. Para quem preferir peixe, o bacalhau com natas ou as petingas fritas com arroz de tomate malandrinho são boas apostas. O ambiente é tranquilo e a comida tem alma. As doses são enormes e os preços mantêm-se acessíveis, o que explica porque este restaurante na Moita está quase sempre cheio.

📍Rua 5 de Outubro 6, 2860-418 Moita
www.instagram.com/3a_parte

Photo by CM Moita

Velho Cangalho

O nome já denuncia o charme rústico. No Velho Cangalho servem sabores do interior português, num espaço que parece uma mistura entre uma adega e uma taberna de garagem improvisada de fim de semana. No ar, o cheiro a carne grelhada: secretos de porco preto, entrecosto, bitoque (bife de vaca com ovo estrelado), ou a tipicamente portuguesa alheira. Para acompanhar, como manda a tradição, confie no vinho tinto da casa.

📍Rua António Aleixo 5, 2860-161 Moita
www.instagram.com/velhocangalho

Photo by Velho Cangalho on Facebook

Mar da Palha

Com vista para o rio e nome inspirado na cintilante baía do Tejo conhecida como Mar da Palha, este restaurante traz um toque costeiro ao panorama gastronómico da Moita. É um espaço mais contemporâneo, com uma tentativa de elegância traduzida em toalhas brancas e um serviço mais cuidado. No que toca à carta, o foco está no mar. Pratos como linguadinhos fritos, cataplana de marisco e polvo à lagareiro são alguns dos favoritos. Se estiver com vontade de se mimar com sabores portugueses clássicos, não deixe passar o arroz de tamboril com camarão, bem caldoso. A carta de vinhos é bem pensada, com destaque para referências da Península de Setúbal, e a localização à beira-rio faz deste restaurante uma excelente escolha para um jantar romântico ao pôr do sol.

📍Av. Marginal, 2860-329 Moita
www.facebook.com/restaurante.mardapalha.3

Photo by Mar da Palha

Porta 13

Pequeno, estiloso e cheio de personalidade, o Porta 13 é o que hoje se chama uma taberna portuguesa contemporânea. Tem cadeiras que não fazem conjunto, arte local nas paredes e uma playlist impecável. O menu é curto, mas cheio de pinta, com pratos sazonais que misturam raízes portuguesas com um toque moderno. Conte com peixinhos da horta com molho tártaro, bochechas de porco preto estufadas ou, em dias de sorte, uma massada de tamboril tão bem servida que deixaria muitos dos melhores restaurantes de marisco de Lisboa a roer-se de inveja. Como sempre, recomendamos acompanhar com vinho das regiões vinícolas portuguesas da zona e, regra geral, manter a refeição o mais local possível.

📍Rua Dr. Miguel Bombarda 13, 2860-427 Moita
www.instagram.com/restaurante.porta.13

Photo by Porta 13

Quintal da Capricho

O que mais adoramos no Quintal da Capricho é o ambiente descontraído, especialmente no seu quase “jardim secreto”. A esplanada, com parras e luzinhas penduradas, é o tipo de sítio onde apetece ficar, sobretudo nas noites quentes, com uma garrafa de vinho branco bem fresco e uma mesa cheia de amigos. A comida é rústica e sazonal, com pratos como bacalhau com broa, carne de porco à portuguesa e outras receitas da casa que vão variando. Ao domingo, costumam surgir sugestões especiais. Por isso, se vir uma açorda de marisco ou um cabrito assado, não hesite. O dono está quase sempre por perto, atento e simpático, e provavelmente vai convencê-lo a pedir sobremesa. Se ceder, prove o delicioso bolo de bolacha com café e creme de manteiga.

📍Rua Capitão Salgueiro Maia 20, 2860-540 Moita
www.facebook.com/quintal.capricho

Photo by CM Moita

Tasca Molha o Bico

Com um nome como “Molha o Bico”, já se sabe que a coisa promete. Esta tasca espelha o espírito da Moita: sem complicações, barulhenta (no bom sentido) e orgulhosamente tradicional. É o tipo de sítio onde a televisão está sempre ligada, os habitués têm mesa cativa, e os pratos do dia estão escritos num papel colado ao frigorífico. A comida é deliciosa e os ossos carregados são a especialidade mais falada. Aqui serve-se a versão à séria: ossos de porco tenros, cozinhados lentamente até o tutano quase tremer, mergulhados num caldo espesso e acompanhados de fatias de pão ou batatas cozidas para absorver o molho da carne. Dependendo do dia, também pode haver pratos de peixe, como raia frita ou carapaus alimados, tudo com aquele toque de avó, generoso em alho e azeite.

📍Rua Luís de Camões 19, 2860-408 Moita
www.facebook.com/lazaro.antonio.1848

Photo by Vitor Simao on Google

Seleto Coreto

Uma lufada de ar fresco no meio das típicas tascas da Moita, o Seleto Coreto traz um toque contemporâneo à gastronomia local, sem nunca esquecer as suas raízes. Situado junto ao coreto da vila, este espaço híbrido entre café, restaurante e bar de vinhos é onde a tradição ganha uma nova vida, com um estilo casual mas chique. Se visitar, vale a pena começar com calma: tábuas de queijos e enchidos portugueses ideais para partilhar ou um prego no pão servido em brioche são boas portas de entrada. E se procura uma versão com assinatura de um dos pratos mais icónicos de Lisboa, o bacalhau à Brás, pergunte por ela aqui. Também levam os vinhos muito a sério, com destaque para pequenos produtores da região.

📍Praça da República 4, 2860-411 Moita
www.instagram.com/seletocoreto

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Churrasqueira do Ximi

Se seguir o cheiro a carvão e gordura a estalar na Moita, é bem provável que vá dar à Churrasqueira do Ximi. Quase todas as vilas portuguesas têm uma churrasqueira de eleição, muitas vezes especializada em frango de churrasco com piri-piri, e, na Moita, é esta. O sabor é imbatível e as doses são generosas ao ponto de quase alimentar um pequeno batalhão. A estrela, claro, é o frango de churrasco, bem marinado, grelhado na brasa, com pele crocante e carne suculenta. Vem servido com batatas fritas e o molho piri-piri da casa, que muitos dizem ser viciante. Mas os locais sabem que vale a pena lá ir também pela entremeada, pelos secretos de porco preto ou pelo entrecosto, todos grelhados no ponto. A sala é simples e o serviço rápido. Aqui come-se bem e em quantidade, sobretudo tendo em conta o preço. Muitos clientes levam churrasco para casa em caixas de alumínio. Afinal, este é o take-away preferido dos portugueses há décadas.

📍Rua D. João I 66, 2860-421 Moita
www.instagram.com/churrasqueiradoximi

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Chão Duro

O restaurante Chão Duro deve o nome à localidade nos arredores da Moita. A especialidade aqui é a cozinha alentejana, com sabores intensos e doses generosas. A sala é ampla e simples, sendo daquelas que enche rapidamente à hora de almoço com trabalhadores da zona e famílias à procura de uma refeição reconfortante. A carne domina o menu, mas os vegetarianos podem encontrar uma sopa do dia ou sopa de legumes bem feita ou, com sorte, uns ovos com espargos à moda do Alentejo. Não se vem ao Chão Duro para uma experiência requintada, mas sim para uma refeição honesta, com muito sabor e acolhimento caloroso.

📍Rua do Moinho 19, Chão Duro, 2860-421 Moita
www.facebook.com/Chao.Duro.Restaurante

Photo by CM Moita

Sabor & Conversa

Com um nome que diz tudo, este café e restaurante convida a ficar depois da sobremesa, a conversar com os funcionários como velhos amigos e a dar as boas-vindas aos de fora, como só acontece hoje em dia em terras pequenas. É parte pastelaria, parte snack-bar, parte restaurante informal, e tem ainda a vantagem de ser uma aposta segura, quer venha para um pequeno-almoço, um almoço rápido ou um jantar descomplicado. Conte com os clássicos: tostas mistas, omeletes e um bitoque surpreendentemente bem feito. Há também pratos do dia, como bacalhau à Brás ou feijoada de chocos. Se estiver a tentar praticar o seu português, este é o sítio ideal para meter conversa com os locais.

📍Rua Padre Manuel de Almeida 9A, 2860-411 Moita
www.facebook.com/p/Sabor-e-Conversa-100054578284646

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As Bifanas do Mestre André

Sente-se o cheiro antes de se ver o sítio. As Bifanas do Mestre André já são uma instituição na Moita, ganhando fama bifana a bifana, sendo que cada uma delas é uma verdadeira bomba de sabor. Este espaço lendário tornou-se paragem obrigatória não só durante as Festas da Moita, mas durante todo o ano. Não é um sítio elegante, nem tenta ser. O que oferece é pura perfeição em forma de sandes: finas fatias de carne de porco, cozinhadas lentamente numa marinada de alho e pimenta, servidas em pão macio e, quase sempre, comidas de pé, com mostarda a escorrer. Os locais juram que não há melhor snack para a madrugada, para um reforço a meio da manhã ou para celebrar depois das largadas. É bem provável que não haja petisco mais icónico na Moita inteira.

📍Rua Gago Coutinho 18, 2860-428 Moita
www.instagram.com/bifanasdomestreandre

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Bico Amarelo

Cheio de luz e arejado, e mesmo junto à água, o Bico Amarelo é daqueles lugares onde o cenário já vale metade da visita, e a comida trata do resto. Situado a poucos passos da Praia Fluvial do Rosário, é o favorito de muitos para almoços longos de verão, petiscos ao pôr do sol e domingos preguiçosos que acabam em copos ao final da tarde. O ambiente é descontraído, com detalhes náuticos e muitas mesas ao ar livre com vista para o rio. A cozinha foca-se sobretudo no peixe e marisco frescos: há açorda de marisco, amêijoas à Bulhão Pato e robalo grelhado servido ainda a fumegar. Para quem prefere carne, o bife à casa é um dos mais pedidos. A carta de vinhos é curta mas bem escolhida, e a sangria não pode faltar quando o calor aperta. Quer esteja à procura de uma refeição completa ou de um petisco depois da praia, o Bico Amarelo é sempre boa aposta à beira Tejo.

📍Rua da Praia 1, Praia do Rosário, 2860-301 Moita
www.facebook.com/p/Churrasqueira-bico-amarelo-Lda-100064704275285

Photo by UberEats

As melhores padarias e pastelarias para tomar o pequeno-almoço na Moita:

Chá Conventual

O Chá Conventual é uma casa de chá e pastelaria, mas também uma verdadeira carta de amor à tradição da doçaria conventual portuguesa. No balcão de vidro brilham delícias douradas como pastéis de nata, pinhoadas de mel, queijadas e, dependendo da época do ano, filhós ou bolo de mel. O ambiente é calmo e elegante, sem pretensiosismos, tornando-o num dos locais preferidos para conversas ao fim da tarde, momentos de leitura ou uma fatia de bolo para celebrar. Fiel ao nome, a carta de chás é cuidadosamente pensada, mas também há bom café expresso e chocolate quente espesso para quem não for fã de infusões.

📍Rua da Liberdade 6B, 2860-414 Moita
www.instagram.com/chaconventual

Photo by UberEats

Pastelaria Croissanteria Sebastião

A Croissanteria Sebastião é daquelas pastelarias onde os locais fazem fila logo de manhã para garantir o croissant amanteigado e o galão do costume. Mas não só: aqui também se encontram verdadeiras bombas de açúcar como mil-folhas recheados, travesseiros com amêndoa e creme de ovo, e, claro, um pastel de nata digno de nota. A montra está sempre bem recheada e atualizada, como se fosse uma coletânea dos grandes êxitos da pastelaria portuguesa. Também vale a pena provar os salgados, com empadas, rissóis e pão com chouriço a sair do forno num ritmo que mal dá para acompanhar. No interior, o ambiente é informal, com muitos clientes habituais à conversa enquanto bebem uma bica, e o atendimento é simpático e eficiente.

📍Rua Padre Manuel de Almeida 3B, 2860-411 Moita
www.instagram.com/sebastiao.moita

Photo by ADN Barreiro on Facebook

Pastelaria Madrugada

Aberta desde cedo, como o nome já antecipa, esta pastelaria é ideal para começar o dia com um pequeno-almoço à portuguesa. Com um ambiente à antiga, decorado com tudo menos minimalismos, a Pastelaria Madrugada oferece todos os clássicos da pastelaria tradicional portuguesa. Um dos mais elogiados é o pão de Deus, fofinho, com cobertura de creme de ovo e coco. Durante a semana, é ponto de passagem para quem trabalha na Moita, num vai e vem apressado. Mas ao fim de semana, transforma-se num dos locais preferidos para pequenos-almoços demorados, conversas de café e alguma observação social. Um ótimo lugar para saborear um bolinho e, quem sabe, meter conversa com um local.

📍Rua Dr. Miguel Bombarda 44, 2860-427 Moita
www.facebook.com/PastelariaMadrugada

Photo by Pastelaria Madrugada on Facebook

Padaria Custódio

A Padaria Custódio é uma das adições mais recentes à Moita e rapidamente se afirmou como o sítio de eleição para comprar pão de produção artesanal. Há pão rústico em formato grande, com crosta estaladiça e miolo húmido, bem como os tradicionais pãezinhos portugueses. Mas os doces também valem a visita: bolos de arroz, areias e broas tradicionais aparecem com frequência, especialmente em épocas festivas. Não há serviço de mesa, pois é só para take-away, e o espaço está quase sempre movimentado, com sacos de farinha empilhados e clientes fiéis que sabem onde encontrar o melhor pão da vila da Moita.

📍Rua do Norte 9, 2860-437 Moita
www.instagram.com/padaria_custodio

Photo by Padaria Custódio on Instagram

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