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O que e onde comer em Lisboa quando está de ressaca

a pizza sitting on top of a wooden table

 

Todos já passámos por isso. Num momento está a brindar com uma ginjinha em Alfama ou a dizer “só mais um copo” daquele vinho verde enganadoramente suave… e na manhã seguinte acorda com a sensação de que os sinos da Sé Catedral estão a tocar dentro da sua cabeça. Lisboa tem o dom de o seduzir para noites mais longas do que planeava, com o seu animado panorama de lugares nocturnos, rooftops irresistíveis nas noites quentes, bares de cocktails modernos e, bastante relevante também, doses generosas de álcool a preços convidativos.

Se acordou com arrependimentos, ou simplesmente com uma vontade desesperada de comer algo bom, temos dicas valiosas sobre como curar uma ressaca ao estilo português.

Imagem da capa cortesia de DIG-IN

 

a close up of a person cutting into a glassImagem cortesia de Portugal Travel Guide

 

Vamos recuar um pouco. A cultura de consumo de álcool em Portugal está em linha com a dos restantes países mediterrânicos. Raramente dizemos que não a um copo de vinho ao almoço, ou até a um shot de brandy com o café (café com cheirinho), depois da sobremesa. Beber, em Portugal, é um ato social e está quase sempre ligado à comida. Ao contrário dos hábitos mais comuns no norte da Europa, por cá não se bebe muito por si só, a não ser que se vá mesmo sair à noite. Posto isto, as coisas estão a mudar. À medida que Lisboa se torna mais internacional, as gerações mais novas estão a adotar hábitos importados, como o consumo de cocktails e cerveja artesanal.

 

a group of people holding wine glassesImagem cortesia de ContemporaryNomad

 

Então como evitar o desastre no dia seguinte, se beber um pouco mais do que devia em Lisboa? Primeiro, por mais óbvio que pareça, tente ir com calma. A maioria dos viajantes que chega a Portugal acha o vinho e a cerveja tão baratos que é difícil resistir a continuar a beber. Além disso, vai encontrar álcool praticamente em todo o lado, desde os supermercados e lojas de conveniência, aos cafés, pastelarias e até no McDonald’s. Se se deixar levar pelos prazeres das bebidas alcoólicas portuguesas, não se esqueça de beber água. Pode parecer uma recomendação básica, mas, a não ser que a peça expressamente, a maioria dos estabelecimentos portugueses não traz água à mesa quando pede uma garrafa de vinho. Se quiser hidratar-se de forma bem local, recomendamos a Água das Pedras, uma marca nacional de água naturalmente gaseificada, rica em minerais e com um leve sabor salgado, que ajuda a equilibrar o que se passa dentro do seu corpo.

Mas se a ressaca bater mesmo, o que deve comer? A regra de ouro: gordura, sal e hidratos. Por isso, aqui fica o que e onde comer em Lisboa quando está de ressaca:

 

Depois da festa: o que comer à noite antes que a ressaca se instale

Caldo verde e pão com chouriço n’ A Merendeira

a table topped with a sandwich and a cup of coffeePhoto by A Merendeira on Facebook

Pergunte a qualquer lisboeta de gema onde costuma ir depois de uma grande noitada e é muito provável que mencionem A Merendeira. Muitos concordam que este é o templo mais icónico da comida para quem sai à noite em Lisboa, famoso pelas suas taças fumegantes de caldo verde e pelo denso pão com chouriço, que absorve o álcool como poucos outros alimentos portugueses conseguem.

Esta casa simples, sem grandes pretensões, está aberta desde 1982 e já alimentou gerações de notívagos, jovens da festa, taxistas e, mais recentemente, alguns viajantes mais atentos. Fica mesmo na Avenida 24 de Julho, numa localização estratégica perto de zonas de vida noturna populares como as Docas e o Cais do Sodré. Lá dentro, o espaço faz lembrar mais uma cantina do que um restaurante: faz-se o pedido ao balcão, pega-se no tabuleiro e escolhe-se lugar numa das longas mesas, muitas vezes partilhadas com desconhecidos. Uns esfomeados, outros meio a dormir, outros ainda a beber cerveja com o prato, possivelmente em negação sobre o que o dia seguinte lhes reserva.

E o que se come aqui, afinal? O caldo verde é uma das sopas mais apreciadas em Portugal, apesar de ser bastante simples: puré de batata, suavemente cozinhado com alho e azeite, e depois enriquecido com couve galega ripada. Antes de servir, juntam-se umas rodelas de chouriço, mas em pouca quantidade (pode pedir não juntar, se for vegetariano ou vegan, já que a base da sopa em si é vegetal), mas suficientes para dar um ligeiro toque fumado ao caldo. É leve o suficiente para estômagos já cheios de outros líquidos, mas reconfortante como poucas outras coisas.

O pão com chouriço, por sua vez, não é um pão com fatias de enchido lá dentro. Aqui o chouriço é cozido no interior da massa, que sai do forno ainda quente, tal como a Merendeira faz há mais de 40 anos. O pão é fofo, denso e perfumado com a gordura do enchido. Ao dar a primeira dentada, recebe-se uma dose concentrada de hidratos, gordura e sal, ou seja, tudo o que um corpo saturado de álcool costuma pedir.

Esta combinação funciona porque faz exatamente o que o seu corpo precisa: repõe sais e hidratação, fornece hidratos simples para estabilizar o açúcar no sangue, e ainda traz gordura suficiente para abrandar a absorção de álcool ou, pelo menos, ajudar a digerir o que já lá está.

Se for à Merendeira com fome a sério, peça o menu completo, que inclui caldo verde, pão com chouriço, uma bebida (qualquer coisa com gás é uma boa ideia – menos cerveja!), uma taça de arroz doce e até um café expresso. É comida saborosa e com uma relação qualidade/preço imbatível. E como bónus, A Merendeira é também um ótimo sítio para observar a fauna noturna lisboeta, sendo que há personagens para todos os gostos.

A Merendeira

📍 Avenida 24 de Julho 54, 1200-869 Lisboa

⏰ Aberta todos os dias até às 6h (!)

 

Bife à portuguesa no Galeto

a plate of food on a tableImagem cortesia de Expresso

 

Às vezes a noite começa tão cedo que nem se chega a jantar como deve ser. E, mesmo que se tenha comido alguma coisa antes, depois de umas horas a beber, há poucas coisas que sabem tão bem como um bom bife à portuguesa. Suculento, salgado, nadando em molho e normalmente com um ovo estrelado a cavalo, eis uma refeição perfeita para evitar a ressaca no dia seguinte.

Vamos esclarecer a terminologia. Em Portugal, quando vê bitoque no menu, falamos de um bife fino (normalmente de alcatra ou vazia), passado na frigideira com alho e azeite ou manteiga, servido com ovo estrelado e uma generosa dose de batatas fritas. Às vezes vem também com arroz branco e/ou salada.

O bife à portuguesa, por outro lado, é uma versão mais indulgente. Costuma vir com um molho mais rico, coberto com fatias de presunto e, claro, com o inevitável ovo estrelado a cavalo, porque o português adora um ovinho a completar o prato. Em comparação com o bitoque, é mais salgado e um pouco mais pesado. E é isso mesmo que faz dos bifes uma escolha excelente para recuperar de uma noite de excessos: ferro, gordura, sal e conforto, o kit básico de sobrevivência da ressaca.

Mas onde se come um bom bife às tantas da madrugada? Por exemplo no Galeto que, mais do que um restaurante, é uma verdadeira instituição da noite lisboeta. Aberto desde 1966, o Galeto mantém uma estética de diner retro, mas que não haja nada de confusões com diners americanos. Aqui o ambiente é bem lisboeta, com o seu balcão de inox curvado a deixar logo isso claro. Fica na Avenida da República, perto do Saldanha, e é conhecido por estar aberto até às 3h30 da manhã, o que o torna num íman para todo o tipo de criaturas noturnas, de festeiros a atores, passando por jornalistas e insones.

O menu do Galeto é gigante. Pode pedir um bife, claro que sim, mas também uma tosta mista, um batido, um prato clássico de bacalhau, ovos, hambúrgueres… o que quiser. Mas confie em nós: o bife à portuguesa é mesmo o destaque, pelo menos a estas horas. E vem com a quantidade certa de molho de alho para o fazer esquecer, por breves instantes, as decisões duvidosas da noite.

Galeto

📍Avenida da República 14, 1050-191 Lisboa

 ⏰ Aberto todos os dias até às 3h30

 www.galeto.pt

 

Se não tiver disposição para ir até ao Saldanha e mergulhar na atmosfera retro do Galeto, outros sítios onde pode comer um bom bife tarde na noite em Lisboa incluem:

Café de São Bento

📍Rua de São Bento 212, 1200-821 Lisboa
⏰ Aberto até à 1h
https://cafesaobento.com

Foxtrot

📍Tv. Santa Teresa 28, 1200-405 Lisboa
⏰ Aberto até à 2h
www.barfoxtrot.pt

Salgados dos vendedores ambulantes

a pile of foodImagem cortesia de Marisia no OLX

Tarde na noite, nas zonas mais movimentadas da vida noturna lisboeta, como o Bairro Alto, a Rua Cor de Rosa e os arredores do Cais do Sodré, ganha vida um tipo muito específico de economia de comida de rua. Por volta das 2 da manhã, quando os bares do Bairro Alto começam a fechar por causa das restrições horárias, e os que querem continuar a festa descem até à Rua Cor de Rosa e arredores (onde os clubes ficam abertos até mais tarde), começam a surgir os vendedores ambulantes.

Estes vendedores circulam pelas ruas com caixas térmicas ou arcas forradas com papel de alumínio, de onde tiram rissóis, croquetes, chamuças e outros salgados típicos, fritos e prontos a comer. Não são bancas oficiais nem food trucks. São, essencialmente, pessoas que andam a pé pelas zonas da festa, oferecendo snacks aos que saem dos bares e procuram algo para comer. As opções são sempre densas, fritas e fáceis de comer em pé ou a caminhar.

Estes salgados tradicionais portugueses fazem sucesso por três razões simples: são baratos, rápidos e caem que nem ginjas quando se tem o estômago a pedir algo salgado depois de umas bebidas a mais. Além disso, como não há assim tantos sítios abertos tão tarde para comer (aqui estão algumas exceções!), este tipo de comida de rua espontânea é mais do que bem-vindo, especialmente de quinta-feira a sábado, que são as noites mais movimentadas em Lisboa e nas quais vale a pena para os vendedores sair com as suas caixas às costas.

 

Hambúrgueres e cachorros das roulotes de Lisboa

a group of people standing in front of a storeImagem cortesia de Time Out Lisboa

Há quem diga que as roulotes de Lisboa já “salvaram vidas”. Estas carrinhas de comida são a resposta nacional à street food noturna. Estas caravanas móveis estacionam junto a zonas de diversão noturna, grandes cruzamentos ou até em esquinas algo aleatórias, sempre prontas a servir quem ainda estiver de pé depois da meia-noite.

Vai encontrá-las em zonas como o Cais do Sodré, Bairro Alto, Alcântara, Sete Rios ou mesmo em áreas mais industriais como o Braço de Prata ou junto ao aeroporto, estrategicamente posicionadas para servir tanto os festeiros como, em muitos casos, os trabalhadores de turnos noturnos.

Os menus são simples mas surpreendentemente variados: hambúrgueres, cachorros, bifanas, pregos, sandes de courato e às vezes uns extras como batatas fritas. Não espere sofisticação, pois quem vai a uma roulote quer comida gordurosa, de preferência coberta de molhos diversos que tornam tudo mais saboroso (ou pelo menos mais fácil de engolir).

Se quiser seguir o estilo português, peça o seu cachorro ou hambúrguer com batata palha por cima. Estas batatinhas fritas em palitos fininhos (de pacote) dão crocância e textura a qualquer sandes meio mole.

Algumas roulotes lendárias que pode experimentar em Lisboa incluem:

  • Roulote da Loira: Sete Rios, junto ao Jardim Zoológico
  • Roulote Pitêu da Rua: Alcântara, perto da LX Factory
  • Bar J & M: Zona industrial junto ao Aeroporto de Lisboa
  • Roulotte TiZé: Entre Moscavide e Sacavém (na imagem acima)
  • Roulote Os Putos: No Lumiar
  • Roulote da Pontinha: Mesmo ao lado da estação de metro da Pontinha

Quer saber mais sobre a comida de rua em Lisboa, incluindo onde encontrar exatamente estas roulotes? Leia o nosso artigo completo.

 

Na manhã seguinte: o que comer em Lisboa quando acorda de ressaca

Café e torrada, numa pastelaria de bairro

a plate with a sandwich and a cup of coffeeImagem cortesia de Lisboa ao Pequeno Almoço no Facebook

 

É o dia seguinte. A cabeça lateja, a boca está seca e acabou de abrir o telemóvel para ler mensagens no mínimo duvidosas. Parabéns: está oficialmente de ressaca em Lisboa!

Antes de pensar em ovos ou em algo demasiado ambicioso, comece pelo básico. Vá até à pastelaria mais próxima, ou seja, qualquer esquina, e peça o verdadeiro kit de recuperação nacional: um café e uma torrada. Um expresso bem forte (uma bica) e uma fatia generosa de pão de forma ou pão saloio, bem tostado e ainda mais bem barrado com manteiga. Normalmente vem cortada em três partes, e toda a gente sabe que a do meio, a mais mole e com mais manteiga, fica para o fim.

O café, forte e ligeiramente amargo, dá logo aquele choque de realidade. A cafeína ativa o sistema, dá-lhe energia para começar o dia e até coragem para tentar perceber como é que chegou a casa. E depois vem a torrada: quente, salgada, fofinha por dentro e dourada nas pontas. A manteiga dá-lhe a gordura que precisa (sim, isso é bom nesta fase) e o pão oferece o aconchego que o estômago está a pedir. É leve o suficiente para não causar estragos, mas consistente q.b. para o pôr de novo em pé.

O melhor de tudo? Vai estar rodeado de locais a fazer exatamente o mesmo. Talvez não estejam todos de ressaca, mas estão certamente a usar o café e a torrada como ritual para enfrentar o dia.

Se for dos sortudos cujas ressacas permitem algo mais substancial, espreite as nossas sugestões para brunch à portuguesa em Lisboa, onde pode ir além do café e da torrada e comer algo mais completo.

 

Pastel de nata, bola de Berlim e outras bombas de açúcar e creme

a display in a store filled with lots of different types of foodImagem cortesia de MAGG

 

Depois de conseguir beber o café e comer a torrada sem sentir náuseas, pode estar na altura de subir de nível e meter um pouco de açúcar no corpo. Às vezes, o corpo pede sobremesa ao pequeno-almoço, e uma ressaca pode ser a desculpa perfeita para ceder.

Então o que pedir quando entra numa das melhores pastelarias de Lisboa? O primeiro nome que vem à cabeça é o pastel de nata, claro, com o seu recheio cremoso e aveludado, envolvido em massa folhada estaladiça. Não se esqueça de polvilhar com canela, que ajuda a realçar o sabor e faz toda a diferença.

Entre os bolos que normalmente encontra numa pastelaria portuguesa, achamos que a bola de Berlim é especialmente eficaz contra ressacas. A versão portuguesa do donut é grande, fofa e recheada com doce de ovos, um creme amarelo intenso à base de gemas. Como são pesadas e densas, as bolas de Berlim ajudam bastante a absorver o álcool ainda presente no sistema.

Outros bolos que pode considerar quando o corpo está a pedir algo doce e indulgente incluem o bolo de arroz, fofo e esfarelado; os croissants brioche, mais densos e macios do que os franceses; ou queques simples e bem portugueses, com massa que aconchega o estômago e dá energia para encarar o resto do dia.

 

Sandes de carne de porco com molho, ou seja, bifana

a close up of a sandwichImagem cortesia de Food and Drink Destinations

 

Se está a lidar com uma ressaca a sério, daquelas em que só apetece ficar encolhido num canto, está na altura de pedir uma bifana. Esta é a sandes mais descomplicada e suculenta de Portugal, e é precisamente aquilo que o corpo pede quando está em modo recuperação.

As bifanas são feitas com fatias finas de carne de porco, cozinhadas lentamente num molho feito à base de vinho branco, alho, pimentão doce e louro, e depois colocadas dentro de um papo seco ou carcaça macia por dentro e crocante por fora. As melhores bifanas são mesmo um pouco desleixadas: a carne é tenra, o molho é intenso e ácido na medida certa, e o pão absorve tudo sem se desfazer.

É provável que já tenha visto bifanas na noite anterior, servidas em roulotes ao lado de hambúrgueres e pregos. E sim, nessas alturas batem mesmo certo. Mas a bifana diurna costuma ser de melhor qualidade, sendo o seu molho mais apurado, e o pão talvez mais fresco. Continua a ser comida simples e rústica, mas convém lembrar que as bifanas não são todas iguais.

As melhores bifanas de Lisboa podem ser encontradas em:

As Bifanas do Afonso

📍Rua da Madalena 146, 1100-340 Lisboa

A Parreirinha do Chile

📍Praça do Chile 14A, 1000-098 Lisboa

O Trevo

📍Praça Luís de Camões 48, 1200-283 Lisboa
www.facebook.com/OTrevoLisboa

 

Prego no pão (ou no prato) no Rui dos Pregos

a close up of a sandwich on a plateImagem cortesia de  Sapo Viagens

Se a sua ressaca ainda lhe permite comer “a sério”, talvez esteja na hora de considerar um prego, ou seja, um bife em versão sandes (ou não). Existem duas variações: prego no pão, com o bife dentro de um pão, ou prego no prato, servido com acompanhamentos. Em qualquer dos casos, o bife é normalmente tenro, com muito alho, e grelhado ou frito em azeite. O prego no prato vem normalmente com batatas fritas, às vezes arroz, e não é raro ser ainda servido com um ovo estrelado a cavalo.

Se só for comer um prego durante a sua estadia em Lisboa, vá ao Rui dos Pregos. Com várias localizações na cidade, é conhecido pelas doses generosas e pelo sabor consistente dos seus pregos. Os bifes são tenros, bem temperados, e grelhados na hora. Se pedir o prego no pão, vai notar logo que o bife é tão grande que o pão até parece pequeno.

O espaço das Docas é ótimo para quem quer comer junto ao rio, ao sol, a tentar recompor-se calmamente. Já a localização na Junqueira é mais espaçosa e com um menu mais completo, ideal se quiser aproveitar e provar outras coisas também.

Rui dos Pregos

📍Rui dos Pregos – Docas: Passeio Doca de Santo Amaro, 1350-353 Lisboa

📍Rui dos Pregos – Restaurante: Rua da Junqueira 508 510, 1300-341 Lisboa

www.instagram.com/ruidospregos

 

Sandes de leitão na Nova Pombalina

a sandwich cut in half on a plate on a tableImagem cortesia Lisboa ConVida

 

Se é daquelas pessoas que curam a ressaca com carne, em Portugal tem mesmo de considerar uma sandes de leitão. E em Lisboa, há um nome que está sempre nas conversas sobre este tema: a Nova Pombalina.

Esta espécie de tasca localizada na Baixa serve sandes ao estilo português desde 1980, sempre com pão crocante e recheios realmente bons, como queijos regionais e enchidos tradicionais. Mas o destaque vai para a sandes de leitão assado, cortado em fatias finas e servido num pão estaladiço mas leve, com um toque do molho do assado.

A carne é tenra e dourada, com um bocadinho de pele crocante para dar textura. O sal e a gordura estão no ponto, o que faz desta sandes uma excelente escolha para curar ressacas. Além disso, também fazem sumos naturais e batidos, ideais para um reforço de vitaminas.

A Nova Pombalina é um sítio de serviço rápido, com o charme tradicional que se espera de uma casa assim no centro da cidade. Fica mesmo junto à Praça do Comércio, por isso depois de comer, recomendamos uma caminhada à beira-rio para aproveitar a brisa e começar a sentir-se outra vez gente.

Nova Pombalina

📍Rua do Comércio 2, 1100-149 Lisboa

 

Canja de galinha no Beira Gare

a person standing in a kitchen preparing foodImagem cortesia de minube

 

A certa altura de uma ressaca, chega um momento em que já não apetece nada gorduroso, doce ou digno de uma publicação no Instagram. Só quer voltar a sentir-se normal. E é precisamente aí que entra a canja de galinha, e o Beira Gare, mesmo ao lado da estação do Rossio, é um dos melhores sítios em Lisboa para a comer sem ter de se sentar num restaurante mais formal, onde até poderiam esperar que pedisse mais do que apenas uma sopa.

A canja de galinha no Beira Gare é rica, quente e reconfortante de uma forma quase medicinal. É feita com um caldo de frango leve mas cheio de sabor, pedacinhos de frango desfiado, arroz cozido e um toque de ervas picadas por cima. E enquanto estiver por lá, não se admire se os olhos (e o apetite) começarem a divagar, porque o Beira Gare também é um verdadeiro paraíso para salgados e sandes. Basta passar à porta para ver a montra cheia de rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau e pataniscas. Se o estômago permitir, aproveite para provar alguns também.

Servem ainda bifanas e pregos muito bons, feitos rapidamente e bem suculentos, perfeitos para uma espécie de segundo prato, depois da sopa começar a fazer efeito.

Beira Gare

📍Praça Dom João da Câmara 4, 1200-147 Lisboa

 

Cozido à portuguesa

a plate of food with stewImagem cortesia de Postal do Algarve

 

Admitimos que o cozido à portuguesa não é para estômagos sensíveis, muito menos para quem ainda está na fase mais frágil de uma ressaca. É um prato pesado, com várias carnes diferentes, como carne de vaca, porco, frango, chouriço, morcela, carnes salgadas, couve portuguesa, cenoura, batata e arroz, tudo cozinhado lentamente na mesma panela até que todos os ingredientes absorvam os sabores uns dos outros. É denso, intenso e tão português que, honestamente, acreditamos que devia ser considerado o prato nacional.

Mas será que faz sentido como cura para a ressaca? Surpreendentemente, sim. Este prato funciona bem quando a fase das náuseas já passou e bate a fome a sério. O cozido hidrata (graças ao caldo e aos legumes), é rico em proteína, cheio de sal e ferro, e vem carregado de hidratos de carbono das batatas e do arroz. No fundo, é uma bomba nutricional disfarçada de banquete de carnes.

Claro que não é leve, mas se é daquelas pessoas que acorda com ressaca e quer comer “tudo”, este prato pode ser exatamente aquilo que precisa.

Atenção, no entanto, que o cozido normalmente só é servido em dias específicos da semana, como quintas-feiras ou fins de semana, dependendo do restaurante. Se quiser saber onde comer um bom cozido à portuguesa em Lisboa, consulte aqui o nosso guia completo.

 

Esperamos que se sinta melhor para continuar a desfrutar do conforto da gastronomia portuguesa. Siga a Taste of Lisboa no Instagram para mais dicas locais de onde e o que comer em Lisboa, com ou sem dor de cabeça.

 

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