Há comida de rua em Lisboa?
Lisboa conta com um excelente panorama gastronómico. No entanto, ao contrário de outras grandes cidades onde a comida de rua é uma parte integral da vida diária, a capital portuguesa apresenta um cenário diferente, onde a comida de rua tradicional não é tão prevalente. Os visitantes que chegam a Lisboa podem esperar encontrar street food semelhantes a de outras partes do mundo, mas acabam por descobrir que em Lisboa, a comida de rua tem as suas características únicas e um significado cultural particular.
A comida de rua, na sua essência, refere-se a alimentos e bebidas prontos a consumir, vendidos em lugares públicos como ruas ou mercados e barracas de comida portáteis, carrinhos ou camiões. Globalmente, a comida de rua é apreciada por ser rápida, económica e pela forma como reflete as tradições culinárias locais, assim como as mudanças sociais. Em muitos lugares, não se trata apenas de fazer uma refeição rápida, mas também de saborear a cultura local e mesmo as dinâmicas sociais
Imagem da capa Andrew Littlewood em Flickr
Imagem cortesia de Lisboa de Antigamente
Em Lisboa, o conceito de comida de rua é um pouco mais matizado. Em vez da presença contínua de vendedores de rua, como acontece geralmente em partes da Ásia ou da América Latina, a cena de comida de rua de Lisboa manifesta-se de forma mais subtil e está intimamente ligada a contextos específicos e encontros sociais. A evolução histórica de Lisboa, especialmente após o catastrófico terremoto de 1755, levou a desenvolvimentos urbanos que cultivaram lentamente espaços onde os vendedores de comida de rua poderiam prosperar, embora num formato diferente do que em outros lugares do mundo. Historicamente, à medida que Lisboa evoluiu de uma série de eventos devastadores e se transformou numa movimentada metrópole durante a era industrial, os hábitos alimentares dos seus residentes também se foram transformando. A mudança de refeições longas, centradas na família, para opções de comidas mais rápidas e práticas, marcou o início do que agora reconhecemos como fast food portuguesa, embora estas opções sejam mais frequentemente vendidas em tascas e pequenos restaurantes, mais do que na rua propriamente dita.
Imagem cortesia de Casal Mistério
Em Lisboa, o conceito de comida de rua é um pouco mais matizado. Em vez da presença contínua de vendedores de rua, como acontece geralmente em partes da Ásia ou da América Latina, a cena de comida de rua de Lisboa manifesta-se de forma mais subtil e está intimamente ligada a contextos específicos e encontros sociais. A evolução histórica de Lisboa, especialmente após o catastrófico terremoto de 1755, levou a desenvolvimentos urbanos que cultivaram lentamente espaços onde os vendedores de comida de rua poderiam prosperar, embora num formato diferente do que em outros lugares do mundo. Historicamente, à medida que Lisboa evoluiu de uma série de eventos devastadores e se transformou numa movimentada metrópole durante a era industrial, os hábitos alimentares dos seus residentes também se foram transformando. A mudança de refeições longas, centradas na família, para opções de comidas mais rápidas e práticas, marcou o início do que agora reconhecemos como fast food portuguesa, embora estas opções sejam mais frequentemente vendidas em tascas e pequenos restaurantes, mais do que na rua propriamente dita.
Imagem cortesia de Bucha My Tugão on X
No mundo da comida de rua de Lisboa, que está em constante evolução, deve ser feita uma distinção entre a comida local autêntica e a comida pop claramente destinada a turistas. À medida que a cidade se tornou um importante destino de viagem, surgiram inúmeros food trucks e bancas temporárias, que oferecem pratos internacionalmente populares como pizza ou coisas completamente fora de contexto como cocktails de piña colada. Estes vendedores contemporâneos, geralmente localizados nas áreas mais turísticas, pretendem apelar aos gostos internacionais e tipicamente não refletem as práticas culinárias portuguesas tradicionais.
Para aqueles que procuram experiências autênticas de comida de rua portuguesa em Lisboa, aquelas que têm mesmo a ver com a essência da cultura gastronómica local e os hábitos diários, é essencial ver mais além destes negócios focados em turistas. Como especialistas em gastronomia e cultura, pretendemos guiar os viajantes através destas experiências culinárias autênticas, enfatizando não apenas a comida em si, mas as histórias, tradições e contexto por detrás delas.
Desde as sazonais castanhas assadas que anunciam a chegada do inverno até as grelhas improvisadas que se acendem durante a Festas do Santo António, achamos que certamente vale a pena explorar o panorama da comida de rua de Lisboa, mesmo que este não seja óbvio para aqueles que visitam a nossa cidade pela primeira vez.
Imagem cortesia de Tiziano on Flickr
Churros e farturas
Em Lisboa, os nomes farturas e churros evocam imagens festivas e de celebrações alegres onde estes doces desempenham um papel de destaque. Embora ambos caiam sob a categoria de bolos fritos, têm características distintas. As farturas são tipicamente maiores e mais fofas do que os churros, assemelhando-se a um donut alongado que é esponjoso por dentro e ligeiramente crocante por fora. São tradicionalmente polvilhadas com uma quantidade generosa de açúcar e canela, resultando num doce reconfortante que é particularmente popular durante festivais e feiras, como a Feira do Relógio (Av. Santo Condestável), que acontece todos os domingos perto do bairro de Marvila. Por outro lado, os churros são semelhantes no que diz respeito à massa, mas são geralmente mais finos e podem ser servidos simples ou recheados. Em Lisboa, os churros recheados com chocolate, doce de ovos ou doces de frutas têm vindo a tornar-se cada vez mais populares entre as gerações mais jovens. No entanto, os churros portugueses tradicionais são mais frequentemente apreciados simples, passados por açúcar e canela. Em ambos os casos, a preparação envolve fazer passar a massa através de um bico em forma de estrela diretamente no óleo quente, fritando até ficar dourado e crocante, e depois passando por açúcar. Tanto os churros como as farturas são perfeitos para eventos ao ar livre, onde são cozinhados na hora e servidos quentes.
A presença de farturas e churros em Lisboa começou no século XX à medida que festivais locais e mercados de rua começaram a florescer após a Segunda Guerra Mundial. Naquela altura, assim como hoje em dia, os vendedores de farturas e churros são muitas vezes operações familiares que estão no negócio há gerações. Estas famílias viajam de feira em feira, de festival em festival, trazendo consigo os seus equipamentos e experiência. A típica roulote ou banca de farturas está equipada com uma grande área de fritura visível ao público, onde a massa é frita e os toques finais são feitos. Isto não só permite uma preparação fresca do produto, como também atrai as multidões, criando alguma interação.
Em Lisboa, as farturas e os churros são mais geralmente vendidos em festivais locais, como as populares Festas de Lisboa em junho, onde o pretexto de celebrar o Santo António enche as ruas com variados comes e bebes tradicionais (veja mais abaixo). Estes doces também são presença assídua nos mercados de Natal e nas feiras de verão ao longo da costa. Os food trucks e bancas que vendem estes doces são tipicamente adornados com luzes brilhantes e sinalização colorida, tornando-os fáceis de identificar entre a agitação de um movimentado festival.
Se não quiser esperar por um festival para deliciar-se com farturas acabadinhas de fritar, passe pelo bairro da Penha de França, onde a roulote de churros e farturas Churraria Doce & Canela, está estacionada de forma semi-permanente na Praça Paiva Couceiro.
Imagem cortesia de Sapo Viagens
Castanhas assadas
As castanhas assadas são uma comida de rua tradicional portuguesa, normalmente vendida no outono e no inverno, evocando calor e alguma nostalgia. As castanhas assadas são servidas quentes, normalmente embrulhadas em cones de papel, oferecendo um snack quentinho que está profundamente integrado na cultura local durante as estações mais frias. Os vendedores costumam gritar “quentes e boas” – um slogan simples, mas eficaz, pois elas estão de facto a sair do forno e são muito saborosas!
As castanhas foram outrora um alimento chave no mundo rural português, servindo como uma fonte significativa de nutrição na dieta dos camponeses, particularmente nas regiões do norte, onde eram mais abundantes. Com a urbanização de Lisboa e o crescimento da sua população, este alimento rural migrou para as ruas da cidade, tornando-se um deleite sazonal. Os vendedores de rua que ganham o seu pão com a venda de castanhas assadas nas ruas de Lisboa desde o século XIX, usam um carrinho de assar especial com um forno a carvão – claro que pode se assar castanhas em casa, mas, convenhamos, nunca terão o sabor fumado das castanhas de rua, apenas realçado com um pouco de sal.
Para quem visita Lisboa, as castanhas assadas fazem parte do encanto do inverno na cidade. Os melhores lugares para encontrar vendedores são as áreas mais movimentadas, como a Praça do Rossio ou ao longo da Avenida da Liberdade. Para muitos Lisboetas, fazer uma pausa para degustar um cone de castanhas assadas quentinhas é um ritual sazonal, marcando a passagem do ano e proporcionando um momento de alívio do ar frio e húmido do inverno. A experiência de descascar as castanhas quentes e ligeiramente queimadas por fora, para assim revelar o fruto saboroso por dentro, é uma memória de inverno apreciada por muitos de nós e, sendo assim, realmente acabamos por não nos importar com as pequenas partículas pretas da pele queimada que por vezes se entranham debaixo das unhas.
Imagem cortesia deTV7 Dias
Bolas de Berlim
Se ouvir vendedores de rua a apregoar enquanto está a tentar relaxar numa praia perto de Lisboa, saiba que se trata de vendedores de bolas de Berlim, um bolo que se tornou sinónimo da cultura de praia portuguesa. Estes bolos fofos, geralmente recheados com creme, têm tudo a ver com a alegria dos dias de verão em Lisboa.
Originários da Alemanha, onde são conhecidos como pfannkuchen, esta espécie de donuts eram tradicionalmente recheados com geleia e desfrutados durante celebrações. A adaptação portuguesa, tipicamente maior e generosamente recheada com um creme à base de gema de ovo, ganhou vida própria. Em algumas praias, também se podem encontrar variações recheadas com chocolate ou outros sabores de frutas, bem como simples, ou seja, sem recheio.
Os vendedores ambulantes que vendem bolas de Berlim nas praias tornaram-se figuras icónicas do verão português. Geralmente acarretam com os bolos em bandejas ou caixas térmicas, passando por entre os banhistas, oferecendo estes deliciosos bolos. Frequentemente ouvi-los-á a anunciar em voz alta “com creme” e “sem creme” (simples). Em todas as versões, as bolas de Berlim são cobertas com açúcar, que sabem mesmo bem quando o açúcar se mistura com o sal seco que permanece em torno dos lábios após um mergulho no mar.
Além das praias, as bolas de Berlim também estão presentes o ano todo nas pastelarias portuguesas, bem como durante os festivais de rua, particularmente durante os meses de verão, quando dias dedicados a vários santos são celebrados pela cidade. Para quem quiser saborear uma bola de Berlim na praia, com mãos cheias de areia e uma deliciosa vista do Atlântico, recomendamos visitar as praias próximas de Lisboa, tais como Carcavelos ou a Costa da Caparica.
Imagem cortesia de Cozinha Técnica
Pão com chouriço e salgados
O pão com chouriço e os salgados são elementos chave da comida de rua noturna de Lisboa. O pão com chouriço é essencialmente um pão cozido com recheio de chouriço cujas fatias permeiam a massa com um sabor rico e fumado. O resultado é um pão quente que é realmente irresistível. Este snack é particularmente popular entre residentes nativos e turistas que se aventuram pelos bairros de Lisboa como o Bairro Alto e a Rua Cor de Rosa (Rua Nova do Carvalho), onde a vida noturna é lendária e a comida de rua pode ainda ajudar a melhorar a experiência, particularmente para aqueles que precisam absorver um pouco do álcool consumido pela noite adentro.
Para além do pão com chouriço, o conceito de salgados engloba uma variedade de salgadinhos fritos, incluindo clássicos como rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau e também as empadas de galinha, entre outros. Cada um destes salgados ajuda a enganar a fome de forma rápida e satisfatória, perfeita enquanto se anda de bar em bar.
Geralmente, os vendedores que vendem estes salgados não têm um negócio físico. Simplesmente andam com bandejas ou geladeiras portáteis pelas áreas movimentadas, trazendo a comida diretamente até aqueles que andam com fome, mas não se dão ao trabalho de ir aos melhores restaurantes para comer fora de horas em Lisboa.
Imagem cortesia de Eco Sapo
Sardinhas assadas
As sardinhas assadas são um emblema cultural de Lisboa, especialmente durante as animadas festas dos Santos Populares em junho. Muitas vezes apelidado pelos visitantes como “O Festival da Sardinha”, este evento vê a cidade transformar-se num animado lugar de festa, onde o aroma do fumo das sardinhas assadas está tão presente quanto o som da música e das risadas que se ouve pelas ruas de Lisboa.
As sardinhas assadas são uma comida tradicional portuguesa, mas em Lisboa elas assumem um significado especial durante a Festa do Santo António. Este festival não apenas celebra o santo, mas também marca o início não oficial do verão, tornando-se um momento de pico para desfrutar da cultura da comida ao ar livre em Lisboa. As sardinhas são tipicamente grelhadas no carvão ao ar livre, servidas numa fatia de pão (que absorve lindamente os sucos e sabores do peixe grelhado), ou no prato com um simples acompanhamento de salada de pimentos assados e batatas cozidas.
O que torna a tradição de grelhar sardinhas durante as festas tão especial é que não são apenas os restaurantes já estabelecidos que o fazem. Famílias locais, pequenos comerciantes e até mercearias também participam, montando grelhadores mesmo à porta de casa ou das suas lojas. Esta prática converte espaços privados em verdadeiros pólos de festa pública, diluindo as fronteiras entre a comida caseira e a comida de rua. É frequente nos bairros mais tradicionais de Lisboa, como Alfama, Mouraria e Madragoa, onde se realizam as festas de rua, ver os moradores a vender diretamente à porta sardinhas grelhadas na hora, assim como carnes variadas como bifanas e chouriços, reforçando o ambiente de bairro das festas. Para muitas famílias locais e pequenos negócios, esta época festiva representa um significativo impulso económico e nós gostamos muito disso, porque significa também que nunca falta boa comida enquanto celebramos pela noite dentro.
Imagem cortesia de Time Out Lisboa
Pregos, bifanas e sandes de courato
Em Lisboa, a vontade de comer uma sandes saborosa e substancial pode levá-lo a descobrir três os clássicos locais: pregos, bifanas e sandes de courato (embora existam mais). Estes sanduíches de carne servem frequentemente de refeição rápida e saciante em vários contextos, desde festas de rua até roulotes noturnas.
Um prego é uma sandes bastante simples, mas deliciosa, que consiste num bife de carne de vaca fino, geralmente temperado com alho e grelhado ou frito, servido numa bolinha de pão. Pode adicionar um pouco de mostarda a gosto para realçar o sabor e a suculência da sandes. Por outro lado, uma bifana é uma sandes de carne de porco temperado com uma marinada tipicamente feita com alho, vinho branco e colorau, o que resulta num sabor que é distintamente português. Para os mais aventureiros, as sandes de courato proporcionam uma experiência única a nível tanto de sabor como de textura. São feitas com o couro do porco geralmente grelhado e não frito, servido no pão. Esta sandes promove um jogo de texturas que é apreciado no nosso país, especialmente pelas gerações mais velhas.
Durante os numerosos festivais de Lisboa, particularmente as festividades de junho, os pregos, as bifanas e as sandes de courato estão por todos os lados. Os vendedores montam grelhadores mesmo na rua, cozinhando estas sandes no momento, tal como o fazem com as sardinhas.
As roulotes que servem estas sandes de carne também são uma parte vital da cultura de comida de rua de Lisboa, especialmente durante a noite. Posicionadas estrategicamente perto de locais populares da noite lisboeta, estes negócios móveis proporcionam o final perfeito para uma noite a beber copos e a dançar. Para os frequentadores de discotecas, uma paragem numa roulote para um prego ou uma bifana é quase um ritual, proporcionando uma maneira deliciosa de recarregar energias antes de voltar para casa. Além disso, estas roulotes não são apenas procuradas pelos frequentadores da noite, mas também por aqueles que trabalham em turnos tardios ou começam o dia nas primeiras horas, desde motoristas de táxi a funcionários de hospitais, muitos contam com estas roulotes para uma refeição rápida e substancial que se adapta aos seus horários. A disponibilidade de uma sandes quente de madrugada torna estas roulotes indispensáveis para a classe trabalhadora noturna da cidade.
Estas são algumas das melhores roulotes que pode visitar em Lisboa, onde comidas tipicamente portuguesas como estas sandes de carne são servidas junto a clássicos de fast food internacionais como hambúrgueres e cachorros-quentes:
Restaurante Roulote TiZé
Na estrada entre Moscavide e Sacavém:
https://maps.app.goo.gl/sGtE5W9N2WhdPu2w7
Roulotte Bar 11
Na área de Braço de Prata:
https://maps.app.goo.gl/DxSL4HUjYaPxuoG47
Bar J & M
Na zona industrial perto do aeroporto de Lisboa:
https://maps.app.goo.gl/kBvYZpqK9npEYr6u8
Roulotte Pitéu da Rua
Na zona de Alcântara-Mar, e também bastante perto do LX Factory:
https://maps.app.goo.gl/D7ysbXUu1zxdgJeH7
Roulote Da Loira
Em Sete Rios, logo em frente ao Jardim Zoológico de Lisboa:
https://maps.app.goo.gl/wRZtjsYNAFeVo5bG6
Roulote da Pontinha
Na saída da estação de metro da Pontinha:
https://maps.app.goo.gl/CbJuv7mWnngtcsXk7
Roulote Os Putos
No Lumiar:
https://maps.app.goo.gl/1Zsrm3V1xkN9Xhy1A
Imagem cortesia de Paulo Sergio em FourSquare
Ginjinha
Ginjinha é o nome que se dá ao licor de ginja, geralmente saboreado em pequenos copos de shot. É particularmente apreciado pelo seu perfil de sabor doce e aromático, que vem da infusão do álcool com ginjas, açúcar e canela.
Há vários estabelecimentos de Lisboa dedicados à ginjinha, mas uma parte crescente e encantadora desta cultura da ginja vem das famílias locais, especialmente de senhoras mais velhas, que a vendem diretamente à porta de casa. Estes vendedores caseiros costumam trabalhar com receitas tradicionais, oferecendo uma experiência de ginjinha mais pessoal. Não é incomum ver estes moradores locais com uma pequena mesa na entrada ou até apenas de janela aberta para a rua, de onde servem aos transeuntes um shot de ginjinha caseira (embora as vozes do povo nos contem que nem sempre é realmente tão caseira como se diz…)
Durante os santos populares, os vendedores de ginjinha em casa contribuem para a atmosfera festiva, dando as boas-vindas a quem anda por aí a explorar as ruas da cidade, particularmente no bairro típico de Alfama. A tradição de vender ginjinha a partir de casa também reflete como o turismo contribui para moldar os modos de vida locais. Para muitos visitantes, a experiência de comprar ginjinha numa casa local oferece uma conexão pessoal com a cidade que os estabelecimentos comerciais de maior dimensão não conseguem replicar.
Imagem cortesia de NIT
Menção honrosa: padarias e pastelarias de Lisboa que vendem de madrugada
Em Lisboa, o conceito de comida de rua toma um rumo único com a inclusão de padarias de horário tardio. Não podendo ser categorizadas como comida de rua, estas padarias oferecem uma experiência diferente mas que se alinha de perto com a natureza espontânea e acessível das refeições de rua. Operando durante a noite, padarias como a Fábrica de Bolos do Chile (Av. Alm. Reis 149 A), vendem pão e bolos acabados de sair do forno, e os clientes podem comprá-los diretamente através de uma pequena janela de serviço. Geralmente não se entra no estabelecimento, pois não há funcionários dedicados ao atendimento. Em vez disso, os clientes interagem diretamente com os padeiros e pasteleiros, que muitas vezes são vistos entre sacos de farinha e a tirar tabuleiros cheios de bolos do forno.
Estes bolos são tipicamente desfrutados em andamento, tal como se fossem comida de rua, embora tecnicamente não o sejam. Mas, categorizações à parte, quem diria que não a um pastel de nata ainda morno ou um pão com chouriço acabado de fazer, e desfrutá-los enquanto caminha pelas ruas tranquilas à noite ou já no início da manhã?
Imagem cortesia de CM Lisboa
Ficou com vontade de saborear Lisboa? A newsletter da Taste of Lisboa é pensada para entusiastas da comida ansiosos para explorar os sabores autênticos e os tesouros escondidos de Portugal. Inscreva-se aqui e não perca as nossas publicações mais recentes no Instagram: @tasteoflisboa #tasteoflisboa
Continue a alimentar a sua curiosidade pela cultura gastronómica portuguesa:
10 comidas típicas de lisboa e onde comê-las
Comidas e estabelecimentos icónicos que os lisboetas adoram
Os restaurantes e cafés mais antigos de Lisboa
Santo António ou São Vicente: quem é afinal o padroeiro de Lisboa?
Pessoas genuínas, comida autêntica. Venha connosco onde os portugueses e lisboetas vão:
Reserve o seu lugar na nossa próxima experiência gastronómica & cultural.
Siga-nos para mais em Instagram, Twitter e Youtube