Passar para a navegação primária Passar para o conteúdo Passar para o rodapé
Regressar a Blog

Onde os lisboetas fazem as suas compras do dia a dia

a person standing in front of a store

 

Até há apenas algumas gerações, fazer compras em Lisboa era quase um ritual diário. As pessoas passavam pelo mercado do bairro, cumprimentavam a peixeira pelo nome e levavam para casa ingredientes frescos para o almoço desse dia. Não havia congeladores cheios de refeições preparadas para a semana inteira, nem compras por impulso de queijo vegan ou noodles coreanos. Comprava-se o que era preciso para o dia ou, no máximo, para os dias seguintes, e os alimentos eram, na sua maioria, frescos, sazonais e com origem conhecida.

Claro que, com o tempo, muita coisa mudou. Hoje em dia, os lisboetas continuam a cozinhar em casa mais do que a maioria dos seus vizinhos europeus, e certamente mais do que o típico nova-iorquino ou londrino. Mas, em vez de irem sempre ao mercado ou à mercearia da esquina, passaram a dividir os seus hábitos de consumo por vários tipos de lojas: grandes supermercados com estacionamento e cartões de pontos, frutarias de bairro, padarias artesanais de fermentação lenta, feiras biológicas semanais e minimercados dedicados a produtos asiáticos ou ingredientes mais específicos.

Imagem de capa A Mensagem de Lisboa

 

a store filled with lots of foodImagem cortesia de Hipersuper

 

A vida moderna está na origem desta mudança de hábitos. Tal como no resto do mundo, o capitalismo e a falta de tempo trouxeram consigo uma cultura de conveniência. Aliás, nos empreendimentos imobiliários mais recentes, até as cozinhas são mais pequenas e estão cada vez mais integradas na sala em open space. Nesse cenário, é pouco provável que alguém se ponha a fritar salgados e acabe a deixar o sofá de design a cheirar a óleo usado.

Hoje em dia, o modo como se fazem compras em Lisboa é bem mais variado do que antigamente, porque também os hábitos alimentares se tornaram muito mais diversos entre quem cá vive. Mas, independentemente do que quer que esteja na sua lista de compras, esperamos que este guia o ajude a encontrar o tipo de loja que melhor se adapta às suas necessidades.

 

Os mercados municipais de Lisboa

a store filled with lots of fresh produceImagem cortesia de Midlife leap

 

Muito antes de existirem supermercados em Portugal, os mercados municipais eram o local onde se faziam praticamente todas as compras do dia a dia. Geridos pelas câmaras municipais e, geralmente, instalados em edifícios grandes e ornamentados do início do século XX, estes mercados eram o centro da vida quotidiana. As donas de casa negociavam com os vendedores de confiança, as crianças ajudavam a carregar os sacos de compras em cestos de verga e os peixeiros gritavam os preços por cima do burburinho da clientela da manhã.

Cada bairro tinha o seu próprio mercado, e alguns ainda têm. Para além das compras de alimentos, muitos destes espaços são verdadeiras joias arquitetónicas, e por isso achamos que vale a pena visitá-los durante a sua estadia em Lisboa, mesmo que não esteja a planear cozinhar. Estes mercados fazem parte da paisagem e da história da cidade há muitas décadas.

Embora alguns mercados municipais tenham perdido importância no final do século XX, com o crescimento dos supermercados e o ritmo acelerado da vida urbana, os últimos anos trouxeram um certo renascimento. Há hoje uma valorização renovada dos produtos locais e sazonais, do peixe fresco apanhado em Portugal, dos queijos regionais e dos enchidos tradicionais. Alguns mercados foram reinventados como espaços híbridos, onde os vendedores tradicionais partilham o espaço com bancas gourmet e cafés mais modernos. Outros mantêm-se fiéis ao seu espírito original, servindo a mesma clientela de sempre ou, nalguns casos, os filhos e netos desses mesmos clientes.

Se gosta de conversar com quem vende os seus alimentos, de saber de onde vêm os produtos e de pedir sugestões sobre como cozinhá-los, então estes mercados são com certeza o lugar certo para si.

 

Estes são alguns dos melhores mercados municipais de Lisboa:

Mercado de Campo de Ourique

📍Rua Coelho da Rocha 104, 1350-075 Lisboa

www.instagram.com/mercadodecampodeourique

Mercado da Ribeira

📍Av. 24 de Julho 49, 1200-479 Lisboa

www.timeout.pt/time-out-market-lisbon

Mercado de Arroios

📍Rua Ângela Pinto 40D, 1900-221 Lisboa

www.facebook.com/MercadodeArroios

Mercado de Benfica

📍Rua João Frederico Ludovice 354, 1500-354 Lisboa

www.facebook.com/MercadodeBenfica

Mercado 31 de Janeiro

📍Rua Engenheiro Vieira da Silva, Praça Duque de Saldanha, 1050-094 Lisboa

www.instagram.com/mercado_31_de_janeiro

Mercado de Alvalade Norte

📍Av. Rio de Janeiro, 1700-330 Lisboa

https://informacoeseservicos.lisboa.pt/contactos/diretorio-da-cidade/mercado-alvalade-norte

 

Mercados ao ar livre e feiras de rua

a man standing in front of a store filled with lots of fresh produceImagem cortesia de ​​OsgrobioPrubeta no Reddit

 

As feiras de rua e os mercados ao ar livre são um ótimo complemento aos mercados municipais, especialmente em bairros que já não têm o seu próprio mercado.

Provavelmente o mais lendário de todos é a Feira do Relógio, que acontece todos os domingos de manhã na zona oriental da cidade, em Chelas. É um mercado enorme, a céu aberto, que se estende ao longo de uma estrada repleta de bancas que vendem de tudo: frutas e legumes, roupas, produtos de limpeza, especiarias e até cosméticos afro. É caótico, barato e incrivelmente local. Aqui não vai encontrar kombucha artesanal, mas pode muito bem encontrar 5 kg de laranjas de produtores da região por cerca de 3 €. Mesmo que não vá com intenção de comprar nada, vale a pena visitar só para provar petiscos de rua à lisboeta e observar a diversidade do público, já que este é um dos mercados com maior mistura de culturas da cidade.

Outros mercados ao ar livre, espalhados por Lisboa, vendem com frequência produtos biológicos e alimentos artesanais. O mais conhecido é o Mercado Biológico do Príncipe Real, que acontece todos os sábados de manhã, onde pequenos produtores independentes vendem frutas e legumes sazonais de cultivo biológico, ervas aromáticas frescas, compotas artesanais, pão de fermentação lenta e outros produtos de padaria. Há mercados semelhantes noutros bairros ao longo da semana, todos eles organizados pela AGROBIO, uma associação que promove a produção biológica em Portugal.

Se está a pensar visitar um mercado ao ar livre durante a sua estadia em Lisboa, estes são os melhores!

 

Supermercados e hipermercados

a group of people standing in front of a storeImagem cortesia de Melhores Destinos

 

Vamos ser sinceros: a maioria dos lisboetas não faz as suas compras principais nos mercados e feiras referidos anteriormente. Isso pode parecer pitoresco, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas faz as suas compras em supermercados e hipermercados. Especialmente para quem tem carro ou vive nos arredores com a família, é bastante provável que faça as compras com um carrinho cheio, abastecendo-se para a semana inteira. Este sistema é prático e eficiente, e é para onde acaba por ir grande parte do orçamento mensal para alimentação, já que as lojas mais pequenas têm vindo a desaparecer e, para muita gente, simplesmente não há tempo para ir ao talho, à peixaria e à frutaria, tudo em sítios separados.

Cadeias como Pingo Doce, Continente, Auchan, Lidl e Aldi dominam o panorama dos supermercados em Lisboa. O Pingo Doce está praticamente em todo o lado e oferece produtos com qualidade razoável, bons preços e uma padaria que atrai tanto quem está a fazer compras como quem lá vai só tomar um pequeno-almoço à portuguesa, a um preço que nem as pastelarias de Lisboa conseguem bater. As cadeias estrangeiras Lidl e Aldi também têm ganho muitos fãs nos últimos anos graças aos preços baixos, à qualidade surpreendente e ao famoso corredor central cheio de produtos para a casa que mudam todas as semanas.

Depois há os hipermercados: lojas gigantes localizadas nos centros comerciais ou zonas periféricas da cidade, como os espaços Continente ou Auchan. São o destino preferido de muitas famílias para fazer compras maiores, onde se enchem carrinhos com papel higiénico, ração para o cão, bacalhau demolhado para improvisar um bacalhau à Brás a meio da semana, e aquele vinho de confiança que, com sorte, está em promoção.

Ainda assim, o facto de muitos lisboetas fazerem a maioria das compras nestes supermercados não quer dizer que não sejam exigentes. Muitos compram os básicos nas grandes superfícies, mas continuam a preferir o mercado para o peixe ou a frutaria para produtos mais frescos. Comparam promoções, seguem descontos (as campanhas de 50% do Pingo Doce são quase um desporto nacional) e sabem exatamente onde está o iogurte mais barato naquela semana. É metade compras, metade estratégia, porque se há coisa que os portugueses adoram, é uma boa pechincha!

 

Mercearias de bairro e frutarias

a person standing in front of a fruit standImagem cortesia de Time Out Lisboa

 

A maioria dos bairros de Lisboa tem pelo menos uma pequena loja de frutas e legumes, ou seja, uma frutaria. Estas costumam ser lojas modestas, geridas por famílias, com caixotes de produtos frescos empilhados e preços escritos à mão. Não têm cartões de fidelização nem iluminação cuidada, mas há quem jure que os pêssegos destas lojas são sempre mais sumarentos, as cebolas mais baratas e as ervas aromáticas mais frescas do que em qualquer outro lado. Na verdade, quando se é cliente habitual e se leva uma boa variedade de legumes e frutas, o lojista pode muito bem oferecer os coentros ou a salsa.

Embora não haja nenhuma regra oficial, é muito mais provável que esteja a comprar produtos portugueses quando vai a uma frutaria do que quando vai a uma grande superfície, já que os supermercados e hipermercados importam muitos dos ingredientes que também se produzem em Portugal, por uma questão de preço e competitividade. Só isso já é razão suficiente para muitos continuarem a privilegiar estas lojas mais pequenas.

Apesar do nome, as frutarias não vendem apenas fruta e legumes. A maioria tem um pouco de tudo: ovos, pão (quase sempre carcaças), latas de atum, leguminosas secas ou em frasco, e outros produtos essenciais de despensa como azeite ou vinagre. Algumas têm um balcão frigorífico lá ao fundo com enchidos e queijos regionais, e não se admire se também houver uma pequena seleção de vinhos portugueses.

Existe ainda a categoria das mercearias de bairro, aquelas lojas de esquina à antiga, que podem ou não chamar-se frutarias, mas que cumprem um papel semelhante. Muitas são geridas pelas mesmas pessoas há décadas e refletem a identidade do bairro, no sentido em que também costumam vender alguns ingredientes do mundo que os moradores daquela zona procuram, além dos produtos típicos portugueses.

Para os lisboetas, as frutarias e as mercearias continuam a ser indispensáveis. São o sítio para onde se corre quando falta aquele ingrediente para o jantar, ou onde se vai buscar uma garrafa de vinho para levar como presente antes de um jantar em casa de amigos, especialmente quando não apetece entrar numa superfície maior e esperar na fila da caixa.

 

Lojas de conveniência

a person holding a bottle of wineImagem cortesia de  Jornal SOL

 

Há um momento que todos já vivemos: estamos a meio de fazer o jantar e percebemos que nos esquecemos do sal, ou é domingo à noite e está tudo fechado, mas precisamos de leite para o café da manhã seguinte. É aí que entra a loja de conveniência, os pequenos salva-vidas de Lisboa que muitas vezes passam despercebidos.

Estas lojas de conveniência são normalmente muito pequenas, costumam estar abertas até mais tarde e têm o essencial, tal como as mercearias ou frutarias de bairro acima referidas. Isso geralmente significa garrafas de água, leite, pão, snacks, alguns produtos de limpeza, talvez alguma fruta e, claro, sempre um frigorífico com cerveja e outras bebidas frescas. Provavelmente é este último detalhe que distingue muitas lojas de conveniência das mercearias típicas de bairro, pois, à primeira vista, parecem bastante semelhantes. A seleção de bebidas alcoólicas costuma ser mais ampla nas lojas de conveniência do que nas mercearias, e o mesmo se aplica ao tabaco.

A maioria das lojas de conveniência em Lisboa são geridas de forma independente, muitas vezes por imigrantes do sul da Ásia, e estão espalhadas por vários bairros residenciais, sobretudo em zonas como os Anjos, Arroios ou a Graça. Ao contrário de outros países, Lisboa ainda não tem cadeias como a 7-Eleven.

Estas lojas podem não ter a variedade de um supermercado, e os preços costumam ser um pouco mais elevados, mas isso é compreensível, pois está a pagar-se pela acessibilidade e conveniência. E, no fim de contas, ninguém faz aqui a maioria das compras da semana. Estas lojas existem para emergências e momentos de improviso, certamente não para planear refeições.

A única verdadeira concorrência destas lojas nas horas tardias são as apps de entrega de comida, como a Uber Eats, a Bolt Food ou a Glovo, que, nos últimos anos, além de refeições prontas, também começaram a incluir mercearias e lojas com produtos alimentares e essenciais para a casa, entregando-os diretamente à porta.

 

Lojas especializadas em produtos tradicionais portugueses

a man sitting in front of a storeImagem cortesia de Visão

 

Entrar numa mercearia tradicional de Lisboa é quase como fazer uma viagem no tempo, pois os produtos nas prateleiras pouco mudaram ao longo das últimas décadas. Pilhas de bacalhau com cheiro intenso, filas de queijos regionais atrás do balcão, chouriços e presuntos pendurados das vigas do teto, e latas de sardinha empilhadas como pequenos mosaicos comestíveis. Mais do que lojas, estas mercearias especializadas são autênticos museus vivos da cultura alimentar portuguesa.

Lugares como a Manteigaria Silva, na Baixa, ou a Pérola do Arsenal, perto do Cais do Sodré, são emblemas do comércio lisboeta. As suas prateleiras estão cheias de produtos que não se encontram facilmente num supermercado, ou pelo menos não com a mesma qualidade. Pense em azeites DOP de Trás-os-Montes, broas rústicas do Minho, vinhos de pequenos produtores, doces conventuais de Alcobaça, chás dos Açores, e mais variedades de enchidos do que alguma vez imaginou. Algumas destas lojas têm mais de um século de existência e muitas continuam nas mãos das mesmas famílias.

Aqui, o foco é mais a qualidade do que a quantidade, com especial atenção à origem e à autenticidade dos produtos. Claro que isso se reflete no preço, mas estas não são lojas para as compras do dia a dia. Visita-se quando se quer comprar algo especial e garantir que se leva “do bom e do melhor”. Pode ser para preparar uma refeição festiva, visitar a família ou montar um cabaz de oferta com verdadeiro significado. Talvez por isso, estas lojas ainda façam grande parte do seu negócio na época do Natal.

Hoje em dia, também são cada vez mais procuradas por turistas. O público destas mercearias é, por isso, uma mistura curiosa entre viajantes foodies e avós nostálgicos. São também ótimos sítios para comprar algumas das mais deliciosas recordações gastronómicas de Portugal.

Leia mais sobre as mercearias tradicionais mais icónicas de Lisboa.

 

World food stores

a sign above a storeImagem cortesia Geraldine em Happy Cow

 

Lisboa sempre foi uma cidade de chegadas. Desde os tempos das rotas das especiarias até às atuais comunidades imigrantes, a capital foi absorvendo sabores de todos os cantos do mundo, e isso nota-se não só na nossa gastronomia local, como também na variedade de lojas de produtos do mundo que temos a sorte de ter espalhadas pela cidade. Estas lojas servem principalmente as suas próprias comunidades, mas, cada vez mais, também cativam os paladares curiosos de portugueses e estrangeiros que vivem cá e querem expandir o seu repertório de receitas.

O centro nevrálgico desta cena global é o Martim Moniz, um bairro movimentado e, por vezes, caótico, que espelha a realidade multicultural de Lisboa. Se andar pelas ruas laterais, vai descobrir mini mercados asiáticos com um pouco de tudo, desde pasta de caril tailandês e noodles soba japoneses, até snacks coreanos e dumplings chineses. Muitas destas lojas também vendem vegetais que normalmente são difíceis de encontrar, como pak choi, manjericão tailandês ou rábano daikon, e uma boa seleção de tofu, miso e outros produtos à base de soja, ideais para foodies em busca de sabores do mundo, mas também para vegetarianos e veganos no geral.

As lojas indianas e do sul da Ásia estão especialmente concentradas na Rua do Benformoso. Aqui encontra prateleiras cheias de açafrão-da-índia, garam masala, lentilhas de todas as cores e farinhas para fazer chapati. O óleo de mostarda, por exemplo, é praticamente impossível de encontrar noutros pontos da cidade, mas nesta zona há várias lojas que o vendem.

A poucos minutos a pé, em zonas como o Intendente e os Anjos, encontra mercearias africanas, muitas vezes geridas por pessoas de origem cabo-verdiana ou angolana, que vendem peixe seco, mandioca, quiabos, banana-pão, especiarias, óleo de palma e outros ingredientes para pratos como moamba ou cachupa.

As lojas brasileiras são cada vez mais comuns em Lisboa, refletindo a crescente comunidade vinda do Brasil. Nestes espaços pode encontrar farofa, pão de queijo congelado, refrigerante Guaraná, farinha de tapioca e tudo o que precisa para preparar uma verdadeira feijoada brasileira, que não deve ser confundida com a portuguesa.

Muitas destas lojas acabam por ser mais do que simples mercearias: funcionam também como pontos de encontro comunitários, onde se encontra comida, mas também conforto e um certo sentimento de pertença. E para o resto de nós? São uma mina de ouro de inspiração gastronómica. Adoramos como estes espaços são uma materialização do mix cultural da cidade e dos seus gostos em constante evolução.

 

a book shelf filled with booksImagem cortesia de Time Out Lisboa

 

Estes são os melhores sítios em Lisboa para fazer compras multiculturais:

🇺🇸Onde encontrar produtos americanos em Lisboa:
Flavers – International Flavors Shop

📍Rua de São Bernardo 128, 1230-827 Lisboa

www.flavers.pt

Liberty American Store

📍Largo de São Sebastião da Pedreira 9D, 1050‑205 Lisboa

www.lojasliberty.com

Glood

📍Areeiro: Av. João XXI, 11A 1000-298 Lisboa

📍Telheiras: Rua Professor Mário Chicó, 2J 1600-645 Lisboa

www.glood.pt

 

🇨🇳 Os melhores sítios para comprar ingredientes chineses e pan-asiáticos em Lisboa:
Supermercado Chen

📍Rua da Palma 216, 1100-394 Lisboa
https://supermercadochen.pt

Supermercado Hua Ta Li

📍Rua Fernandes da Fonseca 16, 1100‑238 Lisboa
www.instagram.com/explore/locations/766634976/supermercado-hua-ta-li

Mercado Oriental

📍Rua da Palma 41A, 1100-390 Lisboa
https://amanhecer.pt/lojas/supermercado-oriental

KoPo Mart (Supermercado Coreano)

📍Av. Infante Santo 58D, 1350-174 Lisboa
www.kopomart.com

 

🇮🇳🇵🇰🇧🇩🇳🇵Onde comprar produtos essenciais da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e do sul da Ásia em Lisboa:
Zona do Martim Moniz e Rua do Benformoso

Não estamos a falar de uma loja específica, mas sim de um verdadeiro conjunto de espaços que vendem leguminosas, especiarias autênticas, pães e carne halal. Basta passear pela Rua do Benformoso e pelas ruas adjacentes, e entrar nas lojas onde vir outros clientes a entrar, pois esse costuma ser o melhor sinal!  

Popat Store

📍Inside Centro Comercial Martim Moniz, 1100-364 Lisboa
https://popatstore.pt

Shere Punjab

📍Rua da Palma 284 A, 1100-394 Lisboa
www.instagram.com/sherepunjabportugal

Dilliwalla

📍Av. Alm. Reis 29E, 1150-008 Lisboa
www.instagram.com/dilliwalaodivelas

 

🇧🇷Onde comprar ingredientes brasileiros em Lisboa:
Mercado Brasil Tropical

📍Rua Carlos Mardel 5A, 1900-122 Lisboa

www.instagram.com/mercado_brasiltropical

Império do Brasil

📍Estr. de Benfica 460B, 1500-104 Lisboa

www.imperiodobrasil.pt

Made in Brazil

📍Rua Morais Soares N 126 A, 1900-023 Lisboa

www.instagram.com/lojamadeinbrazil

 

🌽🇵🇪🇨🇴🇲🇽🇦🇷🇻🇪 Onde encontrar produtos da América Latina em Lisboa:
Andes Mundo

📍Rua Leão de Oliveira 8, 1300-352 Lisboa

https://andesmundo.com

Fatias de Cristal

📍Rua Cidade da Beira 68H, 1800-065 Lisboa

www.instagram.com/fatiasdecristal

Casa Mexicana

📍Rua Quintinha 72B, 1200-368 Lisboa

https://casamexicana.shop

 

🇦🇴🇲🇿🇨🇻 Onde comprar produtos africanos (lusófonos) em Lisboa:

O panorama das mercearias africanas em Lisboa é bastante rico, especialmente no que diz respeito aos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, ou seja, os países PALOP. Devido aos bairros onde vive grande parte da população de origem africana, é mais provável encontrar este tipo de lojas nos arredores da cidade, por exemplo na Amadora ou em Odivelas, do que no centro de Lisboa propriamente dito. Por isso, incluímos também algumas dessas opções mais afastadas.

Casa do Bacalhau da Ribeira / Loja Africana

📍Mercado da Ribeira, Av. 24 de Julho 49, 1200-479 Lisboa

www.facebook.com/casabacalhauribeira

Keifys

📍Rua José Gomes Ferreira 3c, 2720-324 Amadora

www.instagram.com/keifysafricanstore

Babok Minimercado Africano

📍Rua Alfredo Roque Gameiro 17B, 2675-339 Odivelas

www.instagram.com/mini_mercado_africano_babok

 

🇷🇴Mercearias romenas e da Europa de Leste em Lisboa:
Mix Markt Lisboa

📍Av. do Brasil, nº 90 C, 1700‑073 Lisboa

https://myminimix.pt

Cantinho Romeno

📍Rua Carlos Mardel 119, 1900-015 Lisboa

www.facebook.com/cantinhoromeno

 

🧆🇸🇾🇱🇧🇪🇬 Onde comprar produtos do Médio Oriente em Lisboa:
Zaytouna

📍Mercado de Arroios, Loja 18, 1000-027 Lisboa

www.instagram.com/zaytouna.pt

Al Waha Market

📍Rua Prof. Orlando Ribeiro 6, 1600-796 Lisboa

www.facebook.com/elwahaelarabia

 

Lojas bio e de alimentação saudável

a store filled with lots of foodImagem cortesia de NIT

 

Em tempos, se perguntasse a um lisboeta onde encontrar tofu ou flocos de aveia sem glúten, provavelmente receberia um olhar vazio como resposta. Mas os tempos mudaram, e hoje em dia há lojas bio e espaços de alimentação saudável por toda a cidade.

A liderar esta mudança está o Celeiro, provavelmente a cadeia de lojas de alimentação saudável mais conhecida em Portugal. Existe há muito antes de o veganismo se tornar um conceito popular, e continua a ser o destino de eleição para tudo, desde levedura nutricional, chás de ervas, suplementos, bebidas vegetais e kombucha, até snacks sem açúcar, pós de spirulina, farinhas invulgares com cereais antigos, alimentos fermentados e muito mais. Pode encontrar lojas Celeiro espalhadas pela cidade, muitas vezes em zonas comerciais centrais ou em bairros como a Baixa.

Mas há também outras lojas mais pequenas que merecem ser conhecidas, como a Miosótis, muitas vezes destacada pela qualidade dos seus produtos biológicos frescos e pela zona de secos a granel. Se comprar a granel for uma prioridade para si, não deixe de visitar a Maria Granel, considerada a referência em Lisboa no que toca a lojas bio e de desperdício zero.

Estas lojas atraem um público específico: famílias preocupadas com a alimentação, vegetarianos, veganos, pessoas com intolerância ao glúten ou à lactose, bem como defensores do movimento slow food. Mas, cada vez mais, também conquistam lisboetas “comuns” que querem experimentar coisas novas ou reduzir o consumo de aditivos, açúcar e alimentos ultraprocessados. Lisboa continua a ser a terra do pão, do queijo e da carne de porco, mas estas lojas mostram uma mudança importante e como as pessoas começam a preocupar-se mais com o que comem, de onde vêm os alimentos e como afetam o seu corpo e o nosso planeta.

 

Vendedores ambulantes e mercados informais

a group of people walking down a streetImagem cortesia de Mensagem de Lisboa

 

Nem todas as compras de alimentos em Lisboa acontecem debaixo de um teto, ou sequer dentro de uma loja. Na verdade, alguns dos produtos mais originais da cidade são vendidos diretamente no passeio ou, ocasionalmente, a partir da traseira de carrinhas. Estamos a falar de pop-ups informais (e nem sempre 100% legais), mais comuns em zonas como o Rossio, Intendente, Mouraria, Chelas ou Benfica.

Muitos destes comércios improvisados vendem produtos que respondem às necessidades das comunidades imigrantes em Lisboa, como molhos de coentros, banana pão, camarão seco, mandioca, quiabos, verduras africanas e doces caseiros embrulhados em película aderente. Alguns destes vendedores operam discretamente, enquanto outros são tolerados pelas autoridades devido à procura local e à sua importância cultural.

Também é comum encontrar bancas informais junto a mercados oficiais, como o Mercado do Forno do Tijolo ou o Mercado de Benfica (especialmente ao fim de semana), criando uma espécie de economia paralela às grandes superfícies. Os preços costumam ser negociáveis e, regra geral, o pagamento é feito em dinheiro.

Para muitas comunidades imigrantes, estas vendas são também uma oportunidade de conviver com os seus, e matar um pouco das saudades de casa ou, pelo menos, da terra que foi casa noutras gerações.

Se quiser ver este tipo de comércio em ação no centro de Lisboa, o melhor é passear pela zona do Rossio, especialmente pelo Largo de São Domingos, e reparar no que aparece exposto nas calçadas. No mínimo, pode acabar a petiscar um tipo de fruto seco que nunca tinha provado antes.

 

Siga-nos no Instagram para mais dicas sobre o que comer e onde comprar em Lisboa.

 

Continue a alimentar a sua curiosidade pela cultura gastronómica portuguesa:

As melhores padarias artesanais em Portugal

Os melhores chefs privados que pode contratar em Lisboa

O que e onde comer em Lisboa quando está de ressaca

 

Pessoas genuínas, comida autêntica. Venha connosco onde os portugueses e lisboetas vão:

Reserve o seu lugar na nossa próxima experiência gastronómica & cultural.

Siga-nos para mais em InstagramTwitter e Youtube