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Top 10 da mariscada à portuguesa

a plate of food on a table

 

Verão que é verão em Portugal tem de ter romarias e festins de marisco, à volta de uma mesa longa partilhada com os amigos e a família. Podemos metermo-nos no carro estrada fora e percorrer quilómetros até ao festival do marisco na vila costeira, podemos ir até à marisqueira do outro lado da rua ou podemos convidar (ou ser convidados) para uma mariscada caseira. Pode ser para almoço de fim de semana, pode ser a seguir à praia nas férias ou a seguir ao trabalho, especialmente se à sexta feira. Há lá melhor forma de desligar da semana e entrar em grande no fim de semana.

É o ritual de verão preferido dos portugueses. Prepare-se para comer e conviver muito: serão pelo menos 3 horas à mesa, com marisco continuamente a vir, intercalado com bom vinho Verde ou cerveja e muito animadas e saltitantes conversas.

E qual o marisco preferido que os portugueses pedem e comem? Sondámos restaurantes e amigos. A celeuma foi grande e o consenso difícil. Mas, entre a tanta variedade de marisco e gostos, conseguimos apurar o Top 10 do que mais gostam os Portugueses quando se juntam para uma mariscada. Ei-los:

 

1. Percebes

O seu aspeto não causa a melhor das primeiras impressões – são como um dedo engelhado – mas português que se preze não se intimida porque sabe a iguaria que o espera: o marisco que mais lhe saberá a maresia.

Além deste sabor que perdura por um ano inteiro nas nossas memórias de verão, o top da preferência talvez se deva também à admiração nacional pela bravura dos mariscadores que os apanham: aguardam pela maré baixa para descer pelas íngremes arribas das praias rochosas e apanharem os percebes no intervalo do vai e vem das ondas. São o mais rapidamente cozidos no momento com sal (há quem acrescente alho e louro), servidos na hora e degustados idealmente ainda quentes, com todo o sabor à frescura do mar.

 

2. Bruxas

As bruxas são como mini-lagostas, comparadas com estas graças à sua casca avermelhada e carne extremamente saborosa, mas menos intensa e ligeiramente adocicada. Têm ainda a cabeça recheada de ovas para quem aprecia, juntamente com um bom vinho verde a acompanhar! Alguém disse festa do marisco?

 

3. Santola ao natural

Este caranguejo enorme, que exibe uma dezena de tentáculos compridos, é um dos reis da mariscada à portuguesa. Com a ajuda de um pequeno martelo de marisco, a sua casca vermelha é removida para nos deleitarmos com uma carne branca e tenra. Deve ser saboreada o mais natural possível – só assim se sente o verdadeiro gosto – depois de uma cozedura máxima de 20 minutos. Ponha o guardanapo a jeito e prepare-se para sujar as mãos e lamber os dedos.

 

4. Sapateira recheada

Mariscada que é mariscada tem este ícone gastronómico. Mais pequena e mais arredondada que a santola, por aqui aproveitam-se todas as partes da sapateira: a carne do casco é o ponto de partida para a confeção de um maravilhoso recheio, ao qual se juntam pickles, ovo cozido, salsa e maionese, servido no próprio casco. As patas, dispostas ao lado, vêm carnudas e cozidas e não escapam ao pequeno martelo para nos deleitarmos do seu interior. Para degustar com tostas ou pão torrado. É uma entrada perfeita e das mais tradicionais que há no que toca a uma festa do marisco à portuguesa.

 

5. Bulhão Pato

Não é o marisco, é o molho. Foi o que concluímos na nossa sondagem: o que os portugueses se pelam por é pelo molho! Azeite, alho, vinho branco, limão, sal, pimenta e coentros – estão reunidos os ingredientes que são o segredo deste molho clássico da cozinha tradicional portuguesa. A tradição diz que é com amêijoas. Mas o Bulhão Pato também se prepara com lingueirão, mexilhão ou conquilha… marisco não falta. Depois de comer o marisco, molhe o pão, porque este não é um molho que se desperdice!

 

6. Gambas à la Aguillo

Um nome pomposo, um prato delicioso e do mais simples que há: gambas salteadas num mar de azeite português sublime, com sal e muito alho frito. Para os apreciadores de um toque mais picante, acrescenta-se malagueta ou piri-piri e as gambas ganham um novo fulgor. Acompanhe com uma taça de vinho branco fresquíssimo e um cesto de pão para aproveitar o azeite!

 

7. Camarão Tigre grelhado

Não é local — vem de Moçambique — mas é divinal: de tamanho generoso (pode atingir os 30 cm) e com muita pinta – neste caso riscas pretas ou azuis escuras – o camarão tigre, carnudo e cheio de sabor, vai uns minutos à prancha com sal e limão e apresenta-se como o príncipe da mariscada. Um brinde a esta maravilha do mar, que é de comer e repetir!

 

8. Ostras ao natural

As ostras são das mais luxuosas experiências gastronómicas quando se fala de mariscada. Um consumo novo deste século para os Portugueses, que sempre as produzimos mas exportávamos todas para França. Há qualquer coisa de misterioso nas suas conchas duras e calcificadas, contrastando com o seu suave miolo branco com sabor a mar… mesmo quando servidas completamente ao natural, como manda a tradição. Talvez seja precisamente esse o segredo?

 

9. Tremoços

Não é marisco? Não é. Mas vem-nos de outros tempos e temos muito carinho e gosto por ele: tradicionalmente o tremoço era chamado “marisco dos pobres” – aquele petisco simples e perfeito para acompanhar uma cerveja gelada ou duas num dia quente de verão, partilhados com um grupo de amigos enquanto se põe a conversa em dia. E não é esse o espírito da verdadeira mariscada portuguesa?

Tão depressa se acaba um prato de tremoços, como aparece já outro… são como as cerejas, quando se começa a comer, não se consegue parar! E numa qualquer mariscada que se preze, podem ter a certeza que também tem o seu lugar à mesa reservado, logo de entrada.

 

10. Prego

Marisco? Check! Cerveja? Check! Vinho Verde? Check! Sobremesa? Sai um prego, por favor! Como assim? Porque marisco não puxa carroça e não vá alguém ficar com fome, assim manda a tradição: a sobremesa de mariscada à portuguesa é uma divinal sandes de bife do lombo, tenro, suculento, fino, idealmente mal passado, com muito sabor a alho, no pão e acompanhada com mostarda. Divinal!

 

 

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